sexta-feira, agosto 11, 2006

Pai

Pai, está difícil, você sabe.
Está difícil essa saudade. Eu sei, vi pessoas que perderam os pais ainda na infância e o senhor ficou comigo até pouco tempo atrás.
Mas, por isso mesmo, eu sinto tanta dor, tanta.
Queria que estivesse aqui para aquele almoço imenso que nunca fica pronto, lembra-se?
E aquela música sempre bonita, do cd novo que o senhor descobria para me surpreender e me deixar emocionada...cavaquinhos, flautas, harpas.
Ninguem faz isso. Ninguém percebe o quanto sofro com sua ausência que, até hoje, não entendo.
Eu não quero perturbá-lo além da vida, mas deve me perdoar, como sempre perdoou. Não quero chorar, mas choro. Tentei evitar as lembranças, mas como?
Eu vi sua foto, na colação de grau do Wistton, as últimas em que o senhor aparece. Tão bonito!
A camisa azul, como o senhor preferia.
Ai, Pai, se eu soubesse, se eu imaginasse que só faltavam poucos dias. Ai, meu pai.
Que fala que o senhor faz!

1 comentários:

SV disse...

Saramar, origado pela visita.

Realmente sou pai de uma menina maravilhosa que tem blog empoeirado, mas com a carinha dela.
Se quiseres, visite:
http://olhosdemarina.blogspot.com

Tuas palavras são sempre um carinho e ao mesmo tempo traz à mente a reflexão sobre a presença do pai em qualquer estágio da vida.

Um beijo,

Sílvio